(Foto: Marcelo Cortes / Flamengo)
Flamengo segue firma na briga pelo título. Faltando quatro rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o Rubro-Negro derrotou o Vasco por 2 x 0. Com o empate sem gols do Inter x Athletico Paranaense, a diferença entre líder e vice-líder caiu para apenas dois pontos.
Considerando que haverá o confronto direto entre Flamengo x Inter daqui duas rodadas, a penúltima, a briga pelo octacampeonato brasileiro só depende do time da Gávea.
Mais do que diferença reduzida de pontos, o que enche o torcedor de esperança é justamente as boas atuações nos últimos jogos. O Flamengo cresce na reta final do Campeonato Brasileiro, com cinco vitórias nos últimos seis jogos e o melhor futebol entre clubes que disputam o título.
As repetidas escalações por Rogério Ceni reforçam a tese de que o treinador encontrou a equipe ideal. O mais importante: soube encontrar dentro do próprio elenco saídas para os momentos de dificuldade. Quanto as coisas pareciam não evoluir em campo, saiu do 4-2-3-1 e voltou ao 4-4-2, tirando Bruno Henrique e Everton Ribeiro das pontas. Lançou ainda Arão de zagueiro e Diego de primeiro volante. Um esquema que poderia ser interpretado como desespero ou kamikaze, para ser utilizado em apenas alguns momentos dentro de um contexto específico, tornou-se o padrão da equipe desde o apito inicial.
A pergunta que muitos fariam seria: quem marca nesse time? A resposta: todos! Especialmente no primeiro tempo, o Flamengo voltou a ser o time combativo, de marcação na saída de bola, de rápida recuperação quando o adversário recupera a posse. É uma equipe que reencontrou alguns fundamentos que andavam esquecidos. O Rubro-Negro fez as pazes com seu bom futebol, e agora parece que tudo flui com mais naturalidade. Até Gustavo Henrique, sem responsabilidade de sair jogando, parece outro zagueiro. Foram 6/8 bolas longas e 93% de acerto de passe.
Luxemburgo aceitou a superioridade Rubro-Negra no primeiro tempo. Apostou na defesa fechada para fazer o adversário rodar a bola sem conseguir penetrar. Tentou fechar os espaços, mas o Flamengo teve 71% de posse de bola e fez 10 x 0 em finalizações.
Tendo, agora, Arão na zaga e Diego de primeiro volante, contando ainda com a força física e talentosa de Gérson, soberano no meio de campo, a saída de bola do Flamengo voltou a ser eficiente e acelerada. As movimentações ofensivas acontecem e envolvem a defesa adversária, que não segura a pressão 100% do tempo. As chances surgiram, mas foram desperdiçadas. Até que Bruno Henrique foi empurrado dentro da pequena área. Pênalti marcado, apesar de Rafael Klaus ter sonegado o cartão amarelo a Léo Mattos, que seria expulso.
Já na segunda etapa, Luxemburgo voltou com três alterações de imediato: Juninho, Carlinhos e Ygor Catatau. Com mais força no meio de campo, o Vasco reteve a bola e conseguiu chegar ao ataque mais vezes, além de uma falta perigosa, defendida por Hugo, na entrada da grande área.
Chama atenção para a queda de produção do Flamengo nas segundas etapas quando vai para o vestiário ganhando, exceção ao jogo contra o Grêmio, quando precisava justamente da vitória e teve ótimo desempenho por 20, 25 minutos do segundo tempo para fazer 3 x 1. Para atuar de forma pragmática, será preciso decidir os jogos no primeiro tempo. Pode ser que a maratona de jogos e questões físicas sejam os motivos dessa pisada no freio.
No próximo domingo, talvez o adversário mais complicado nessa sequência. Será a grande prova de fogo para essa equipe.