(Foto: Divulgação / Flamengo)
Sem as invencionices supostamente previstas nos treinos durante a semana – César no gol, Arão na zaga e João Gomes de volante, o Flamengo entrou em campo com o que tinha de melhor e sem improvisos: Neneca no gol, Gustavo Henrique na zaga e Diego de volante.
Rogério Ceni ainda promoveu uma outra mudança significativa em relação aos últimos jogos: saiu do 4-4-2 para o 4-2-3-1, centralizando Arrascaeta e tendo Bruno Henrique e Éverton Ribeiro pelos lados. Dessa forma, o uruguaio pôde ter mais liberdade de atuar perto do gol. Com Ceni, Arrascaeta andava mais recuado, perto do meio de campo, o que prejudica e inibia suas principais características dos passes decisivos. Falta ainda restaurar a boa sintonia entre Isla e Éverton Ribeiro pela direita, uma das poucas coisas boas do tempo de Domènec Torrent.
Aproveitando-se da fragilidade do Goiás, o Rubro-Negro conseguiu demonstrar em campo a agressividade na marcação e boas recuperações. Diego, que já tinha entrado bem contra o Ceará, voltou a ser um dos melhores em campo. A zaga esteve bem postada com Rodrigo Caio e Gustavo Henrique, este utilizado estrategicamente para bloquear a alta dupla de ataque adversária.
Com a vitória, o Flamengo ainda continua na briga pelo título Brasileiro, mas distante de ser o principal favorito pelo futebol apresentado. O que antes parecia ser uma disputa acirrada com o São Paulo pelo Brasileiro, agora ganhou concorrentes, e vários. Um deles é o Palmeiras, adversário da próxima quinta-feira. O confronto contra a equipe paulista será decisivo para dizer se o Rubro-Negro voltou ao status de favorito ao octacampeonato ou ficará apenas brigando pela vaga na Libertadores.
A sequência será complicada: Palmeiras, Athletico-PR e Grêmio. Por enquanto, Ceni ganhou de Bahia, Goiás, Coritiba e Botafogo, os quatro da zona de rebaixamento. Fora o time mirim do Santos. Chegou a hora do mata-mata em pleno pontos corridos. A vantagem do Flamengo é de apenas um ponto para a equipe do português Abel. É vencer, convencer e “eliminar” a equipe paulista do campeonato brasileiro, que entrará em campo faltando nove dias da decisão da Libertadores.
Ainda falta ao treinador Rubro-Negro uma atuação avassaladora, daquela que enche de moral a equipe a torcida. Quem sabe não acontece nessa quinta-feira.