
Há dias e semanas o Ninho da Nação tem batido na tecla de que o protocolo ‘Jogo Seguro’ utilizado no Campeonato Carioca foi o mais bem pensado em termos de segurança para jogadores e os envolvidos em um jogo de futebol.
No Rio, todos os presentes em campo eram testados, inclusive gandula, jornalista, dirigentes, árbitros e até polícias militares. Obrigatoriamente. Sem exceção.
Na semana passada escrevemos aqui que o protocolo da Ferj foi flexibilizado pela CBF e pela Federação Paulista. Especialmente em São Paulo, a regra era não realizar testes antes de cada jogo.
E com o agravante de 26 testes que tiveram os resultados equivocados para o novo coronavírus do Red Bull Bragantino antes das quartas de finais contra o Corinthians, pelo mesmo hospital a ser utilizado pela CBF.
Com o início do Campeonato Brasileiro, logo na primeira rodada, os problemas surgiram. A demora na divulgação do resultado de testes, que foram realizados pelo hospital Albert Einstein, fez com que atletas interagissem com companheiros em viagens e concentrações – daí estas não serem recomendadas, antes de saberem que estavam contaminados. Muitos dos que testaram positivo estão sem sintomas.
No Vila Nova, de Goiás, a delegação viajou no sábado sem ter os resultados em mãos. Ao chegar em Manaus, foi revelado que um jogador viajou com a equipe foi testado positivo para a Covid-19.
Na série A, Goiás só soube dos seus casos positivos horas antes de estrear no Brasileiro contra o São Paulo. O que causou o adiamento da partida.
O Flamengo ligou o alerta e decidiu seguir um protocolo de biossegurança particular, com exames extras. A CBF realiza na quinta e o clube na sexta, para um jogo no domingo.
Além de questionar o Goiás e seus 13 atletas contaminados, a CBF deve deixar claro em quais hipóteses fará o adiamento de um jogo. Qual o parâmetro? Quantos jogadores de um time precisam ser testados positivos para a partida ser adiada. Lembrando que na série B, o CSA detectou nove atletas com o novo coronavírus e seu jogo não foi remarcado para nova data.
Infelizmente pouco de discutiu o sucesso do protocolo, simples, utilizado no Campeonato Carioca. Testagem em massa, resultado dentro do prazo e afastamento do contaminado. Somente agora está sendo reconhecido.