O jornalista Rodrigo Capelo faz todo ano sua tradicional análise das finanças dos clubes, após a divulgação dos seus balanços financeiros referente ao exercício de 2019.
Na reportagem, Capelo confirma que a arrecadação Rubro-Negra de R$ 950 milhões é a maior da história. Mesmo com a alteração da distribuição da cota da TV aberta e fechada de forma meritocrática para 40 (fixo) x 30 (partidas transmitidas) x 30 (classificação final), o Flamengo seguiu na dianteira.
Bilheterias dobraram, sócio-torcedor cresceu, o clube registrou o maior valor da história de venda de jogador (R$ 300 milhões), contudo, o texto alerta para o novo cenário do futebol brasileiro: em virtude da pandemia do coronavírus, bilheterias tendem a render muito menos, com a paralisação das competições há três meses. E o recomeço com portões fechados, impactando também no programa de sócio-torcedor. Patrocínios e jogadores serão ainda mais importantes para continuar no mesmo patamar em receita.
Capelo destaca a postura agressiva da atual gestão no mercado de transferências e que é importante ter o controle da dívida, que teve um aumento considerável, pois, à medida que jogadores são comprados “a prazo”, as parcelas podem não estar atrasadas, mas são literalmente dívidas.
A dívida de curto prazo é de R$ 118 milhões. E a metade da dívida, a fiscal (R$ 287 milhões), está equacionada no longo prazo por meio do Profut e não suscita nenhuma preocupação.
No texto, o jornalista destaca que não houve entre outros campeões a percepção clara de que estavam, no topo da tabela, tranquilos financeiramente. E citou exemplos de que o Cruzeiro operava muito acima de sua real capacidade nos anos em que foi campeão nacional; o Fluminense tinha um parceiro externo que pagava as contas; o Corinthians logo se complicou com a construção de seu estádio; só mesmo o Palmeiras acompanhava o passo Rubro-Negro. Contudo, já não acompanha mais.
Na arrecadação, no custo, nas contratações. O Flamengo voa sozinho. E os números mostram que uma hegemonia esportiva – com títulos conquistados em série, como fazem os gigantes europeus – é provável numa conjuntura de quebradeira generalizada.
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