Após enfrentar duas disputas de pênaltis, com uma classificação e uma eliminação, diversas lesões e inconstâncias, Jorge Jesus terá duas semanas cheias de trabalho para seguir a implantação do seu método de trabalho.
Não há mágica. Sampaoli não chegou à liderança do Campeonato Brasileiro sem trabalho. Cedo, foi eliminado da Sul-americana e Copa do Brasil. Em julho e agosto o Santos só entrará em campo oito vezes. Durante a semana, teve e terá tempo pra impor sua ideia de jogo.
Contra o Bahia, pelo menos dois atletas foram titulares no meio de campo e estavam sem ritmo. Na lateral, um reforço estreante. De volante, o reserva. E, pela primeira vez após a Copa América, Gabigol, suspenso e machucado, não jogou. Bruno Henrique teve que fazer as vezes de atacante.
No entanto, há um problema técnico que precisa ser corrigido nesse esquema com linha alta. É inconcebível que Diego Alves não se aproxime dos zagueiros quando essa linha sobe. Não é questão de fôlego, falta de ritmo…mas técnica mesmo.
Contra o CAP fez pelo três cortes lá na frente, talvez, pela falha, quando pegou com a mão fora da área, possa ter perdido a confiança. No entanto é fundamental, nesse estilo de jogo, o goleiro ser o líbero.
Pelo menos nove reforços chegaram esse ano, após as duas janelas. Praticamente um time titular. E todos grandes de alto nível.
Jorge Jesus teve o intervalo da Copa América para tentar implantar seus métodos e escalar um time A. Em poucas semanas encontrou problemas físicos, perdeu seus três meias e atacante, depois perdeu seu zagueiro titular e o atacante reserva, e teve que partir para buscar uma equipe B.
É preciso tempo e continuidade do trabalho. Essas duas semanas serão decisivas, para enfrentar Grêmio no Maracanã e o Vasco em Brasília, mas, também, especialmente em preparação para o jogo contra o Inter pelas quartas da Copa Libertadores.